Em 13/12/1967: Morria o genial Chuck Schuldiner, a mente por trás do Death

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O tempo passa muito rápido. Prova disso é que neste dia 13 de dezembro, a morte do genial Chuck Schuldiner, guitarrista, vocalista e mentor do Death, uma das maiores bandas da historia do metal extremo, completa 18 anos.

Charles Michael Schuldiner nasceu dia 13 de maio de 1967. O pequeno garoto se iniciou na música cedo, quando ainda tinha nove anos, ao ganhar de seus pais um violão, como uma forma de amenizar a dor da morte de seu irmão Frank, que faleceu aos 16 anos. Tempos depois, foi para a guitarra, sem saber que anos mais tarde, se tornaria um gigante das seis cordas.

No início dos anos 1980, montou o grupo Mantas, sua primeira experiência musical mais séria. Porém, o músico viria a se tornar uma lenda quando fundou o Death, um dos nomes mais importantes da historia do metal, sobretudo, dentro do death metal. Como principal compositor da banda, é justo dizer que a vida dele e a obra da banda se confundem.

O estilo começava a dar seus primeiros passos, e bandas como o Possessed e o próprio Death foram de fundamental importância para que aquele som sujo, pesado e agressivo se tornasse um fenômeno de proporções mundiais. O primeiro disco do Death, o clássico “Scream Bloody Gore”, acabou se tornando um dos pilares de sustentação do death metal, influenciando milhares de músicos e fãs até os dias de hoje.

Já no segundo álbum, “Leprosy”, é notório que o som da banda ficou mais lapidado, porém, sem perder o cheiro de morte, sangue e desgraça que dominava a sonoridade do Death. Tudo isso era ideia de Chuck, que além de tocar, cantava e escrevia muito, muito mesmo.

Os temas das letras começaram a apresentar críticas sociais no ótimo “Spiritual Healing”. Chuck deixou de falar apenas sobre os temas mais batidos, e abordou temas delicados, como a utilização da fé como forma de manipulação. Além das letras, o som estava mais técnico, mostrando uma constante evolução.

Em “Human”, lançado em 1991, o som do Death ficou quase irreconhecível, porém, excelente. O peso e a velocidade ganharam doses imensas de virtuosismo, o que tornou o som da banda algo complexo, mas muito, muito bem executado. Um salto e tanto na carreira do grupo (e obviamente, de Chuck).

Naquelas alturas, Chuck já era referência tanto pelo seu estilo de tocar quanto pela sua obra, que já poderia ser considerada fundamental. O lançamento de “Individual Thought Patterns” só constatou mais uma vez o que alguns ainda não sabiam: Chuck Schuldiner já era um gênio da música extrema. Talvez, o maior deles.

Chuck sempre surpreendia a cada novo lançamento. não foi diferente com o maravilhoso “Symbolic”, que conseguiu ser mais técnico e marcante que seus antecessores. O som extremo dos primeiros álbuns era apenas lembrança naquele momento. Muitas pessoas o consideram como o melhor álbum de toda a carreira da banda.

O último álbum lançado com o Death foi o excelente “The Sound Of Perseverance”, que misturava thrash metal, progressivo e até mesmo algumas passagens do heavy. Tudo, obviamente, com muitos tempso quebrados, riffs furiosos e melodia. Um disco genial para fechar uma carreira curta, porém, inesquecível.

No meio do caminho, Chuck fundou o Control Denied, um ótimo projeto paralelo, mas que não atingiu a popularidade de sua banda principal, o que convenhamos, era quase impossível. Mesmo assim, um ótimo disco, chamado “The Fragile Art Of Existence”, foi lançado em 1999, com a mesma sonoridade apresentada nos últimos discos do Death, porém, sem Chuck nos vocais.

No ano de 1999, Chuck foi diagnosticado com câncer no cérebro. Aquele jovem, que tanto contribui para a música pesada, agora iria passar pela maior batalha de sua vida. Foram meses e meses de lutas, mas, infelizmente, Chuck faleceu no dia 13 de dezembro de 2001, com apenas 34 anos de vida.

Morre Chuck Schuldiner, de câncer, aos 33 anos

Sua morte completa 18 anos, e mesmo após tanto tempo, ele continua sendo considerado um dos músicos mais influentes de todos os tempos. Seu talento, sua técnica, seus riffs e solos jamais serão esquecidos.

Quanto aos fãs, que ficaram meio que órfãos após sua morte, resta ouvir seus discos maravilhosos, lançados durante a sua carreira, que infelizmente, durou pouco mais que uma década. Se estivesse vivo, certamente estaria explorando novos caminhos na música, e surpreendendo a cada lançamento.

Obrigado, Chuck, que deixou de ser um mortal para se tornar um ídolo eterno.

Observação: para quem quiser um resumo completo e muito bem feito da discografia do Death e da vida de Chuck Schuldiner, o grande Gastão Moreira fez um vídeo excelente.

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